Instituto de Otorrinolaringologia do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba. Suporta  a residência de Otorrinolaringologia do HUEC e a disciplina de Otorrinolaringologia da Faculdade Evangélica de Medicina do Paraná - FEMPAR


[Under Construction]

Nesta página você vai encontrar tópicos das aulas da disciplina de Otorriolaringologia da Faculdade Evangélica de Medicina do Paraná. Os tópicos atuais são:

    1)Exames complementares em Otorrinolaringologia (Exames audiológicos básicos)

    2)Provas semiológicas em Otorrinolaringologia

    3)Exame Físico da Piramide Nasal e Fossas Nasais (Novo!)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

EXAMES COMPLEMENTARES EM OTORRINOLARINGOLOGIA

Exames Audiológicos Básicos

  Dentre os exames subjetivos básicos de audição vale ressaltar a audiometria tonal liminar, a audiometria de altas frequências, a imitânciometria e os testes de reconhecimento da fala que compreendem o índice percentual de reconhecimento da fala  (IPRF), o limiar de detecção de voz (LDV) e o limiar de reconhecimento de fala (LRF).

Audiometria Tonal Liminar

  Tem como objetivo determinar os limiares auditivos nas frequências sonoras compreendidas entre 250 e 8000 Hertz (Hz). É um teste realizado em um ambiente acusticamente protegido, chamado cabine audiométrica. Inicialmente colocam-se fones de ouvido no testado e apresentam-se tons puros em intensidade sonora elevada. Atenua-se progressivamente a intensidade do som fornecido, sempre que o indivíduo assinalar que escutou o estímulo sonoro fornecido. Procede-se dessa forma sucessivamente até a determinação do limiar auditivo para cada frequência testada. É a pesquisa dos limiares tonais por via aérea (VA).

  Caso haja perda auditiva, completa-se a investigação com a colocação de um vibrados na região retro-auricular, procedendo-se novamente a pesquisa dos limiares auditivos. O vibrador junto do cranio permite uma exclusão quase completa dos mecanismos auditivos da orelha média, possibilitando uma pesquisa quase  exclusiva da parte neurossensorial da audição, Isto é chamado de pesquisa de limiares tonais por via óssea (VO).

  De acordo com os valores dos limiares aéreos e ósseos podemos classificar os resultados da avaliação da seguinte forma:

Normal: limiares auditivos por via aérea menores que 25 decibeis nível de audição (dBNA) (Figura 1).

Perda auditiva de condução ou de transmissão: a audição por via óssea é normal e a por via aérea encontra-se alterada. Isto ocorre nos processos que envolvem a orelha externa e/ou média (Figura 2).

Perda auditiva neurosenssorial: a via óssea encontra-se alterada na mesma proporção que a aérea. Este padrão é encontrado nos distúrbios da cóclea, nervo auditivo ou vias auditivas centrais (Figura 3).

Perda auditiva mista: os limiares por via óssea são melhores que os aéreos, porém também se encontram alterados (Figura 2).

Diversas classificações visam graduar a intensidade das perdas auditivas. Uma das mais usadas para adultos é a de Davis & Silvermann, 1970, mostrada na tabela !. Para sua aplicação é necessário fazer o cálculo da média dos limiares auditivos das frequências de 500, 1000 e 2000 Hz.

 

 

  

Figura 1: Audiometria tonal liminar dentro dos padrões da normalidade.

Figura 2: Perda auditiva condutiva à direita e mista a esquerda, em paciente portador de otoesclerose. Notar que na perda condutiva a via aérea está alteada e a óssea normal; na perda mista ambas estão alteradas, porém a óssea é melhor que a aérea.

Figura 3: Perda auditiva neurosenssorial bilateral com curvas audiométricas descendentes, em idoso portador de presbiacusia senssorial. Vias aéreas e ósseas comprometidas igualmente.

Tabela 1: Classificação das perdas auditivas, segundo a média dos limiares auditivos em dBNA nas frequências de 500, 1000, e 2000 Hz (Davis e Silverman, 1970)

Grau

Média dos limiares em dBNA

Normal 0 - 25
Leve 26 - 40
Moderada 41 - 70
Severa 71 - 90
Profunda

> 91

 

 


Last modified: August 07, 2000